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Queimam-se os últimos cartuchos no "stage" principal e os últimos charros no meio da multidão. A metros do palco tresanda a erva e vai havendo espaço. Todos dançam, são todos muito fãs. Mas não são muitos, os fãs. Lá no meio está São. "Há quem diga que sou de Marte, mas vim de Alverca", graceja. Tem 25 anos e é conhecida por 'Pita Frita': "Curtia era ter vindo ontem ver Smashing Pumpkins, não deu. Vim hoje porque me ofereceram um bilhete, mas vou ter de ir embora daqui a pouco. Amanhã trabalho às 7 da matina", lamenta... Quem me dera poder ficar, ainda vão tocar os Buraka Som Sistema, na tenda.
C.Lobo
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Anaísa estuda arquitectura e tem 25 anos. Gosta de dançar e, por isso, veio ao Alive. "Estou cá desde sexta-feira à espera de Beastie Boys. Hoje é o dia da dança!" Elogia a organização: "Todos os concertos começam a horas e o espaço está muito bem pensado. Costumo ir a muitos festivais e é muito raro ser assim". A hora aproximava-se e os Beastie Boys estavam a começar a ser pressionados pelos assobios. Todos esperavam por eles.
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Quer ir ver de perto Matisyahu, que já começou a tocar. Mas, "por razões pessoais", não quer identificar-se. Acabou de entrar. Olha para o palco e exclama: "Hoje, não está vestido de preto!" No bolso, vazio, traz queixas de excesso de zelo por parte dos agentes da PSP. Revistado à entrada, o haxixe que trazia na algibeira foi-lhe confiscado. "O que vale é que no sapato trago outra pedra bem maior", confessa, rindo bem alto, e acelera para a frente do palco, já bem composta de público.
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Mais público no Alive ao final da tarde. Foto Bruno Portela, JN
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Sofia sai aliviada. "Até papel higiénico têm," comenta. São muitas, estão limpas e espalhadas. "Até nisso este festival é bom. Não há aquelas filas intermináveis nem aquele mau cheiro característico", conclui. Sofia está no Alive desde a actuação dos Pearl Jam. Veio pela música, mas elogia a logística do festival. "Os sons dos dois palcos não se misturam".
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De um lado, os comboios vão para Cascais. Depois voltam para Lisboa, sempre pela linha. Do outro lado, é água, onde passeiam barcos no Tejo que conhece o sal do Atlântico. No meio, o rectângulo de sete hectares, que acolhe o festival, está cada vez menos preguiçoso. O Sol voltou e está a ajudar. Num topo, na tenda Sagres, já se ouvem Nigga Poison, bom. Do outro lado, ainda está Sam The Kid, melhor. Pelo meio, vai entrando o povo. Depois de "apalpados" pela PSP, quase todos se viram para o melhor lado... o de Sam. A ve-lo estarão 5000.
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foto de Bruno Portela, JN